Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Preview NFL 2013 - Pittsburgh Steelers

"Bater ou Correr em Pittsburgh", estrelando Brett Kiesel e LaMarr Woodley


Para saber do que estamos falando aqui e dessas estatísticas, recomendo a leitura desse post antes
Se quiser opinioes e analises sobre o Draft, voces podem ler o Running Diary da primeira rodada ou o manual de como avaliar um Draft na NFL


Depois de terminar a série de previews da AFC East e os previews da NFC East para a temporada 2013 da NFL, começamos a falar da AFC North pelo atual campeão, Baltimore Ravens. Agora é a hora de continuar a falar de seu maior rival, o Pittsburgh Steelers. Se você não tem ideia do que estou falando, recomendo que leia esse post introdutório. Btw, a falta de crases nesse texto é porque esse teclado não tem crase, então não reparem, ok?

Pittsburgh Steelers

2012 Record: 8-8
Ataque ajustado: 19th
Defesa ajustada: 13th


Olha só, é mais um time da AFC North com um histórico de sucesso nos últimos 10 anos e que passa por uma reformulação de sua defesa veterana! Mas como no caso do Steelers essa reformulação não aconteceu logo depois de um título do Super Bowl, ela não atraiu tanta atenção nem tantas críticas como a do seu maior rival. Além do mais, o Steelers vem de uma temporada sem playoffs, onde lidou com diversas lesões em jogadores importantes. Embora seja engraçado que essa narrativa pudesse facilmente ser aplicada ao Ravens caso tivesse ficado fora dos playoffs (e ai muitas pessoas estariam elogiando a coragem do GM Ozzie Newsome ao invés de criticar quando decidiu desmontar um elenco velho e cheio de lesões e que ocupava grande espaço salarial) - especialmente considerando que o Pythagorean Expectations dos dois times foi bem próximo (9.2 contra 8.6) - o fato é que assim como defendi o que o Ravens fez quando remodelou sua defesa, também concordo plenamente que era hora do Steelers tentar buscar uma nova fase. Aproveitando que para a torcida é muito mais fácil justificar isso depois de uma temporada 8-8 do que um título, a diretoria do Steelers seguiu em frente com seu plano.

Da última vez que o Steelers foi ao Super Bowl (2010, quando perderam para o Packers), a defesa titular da equipe era: Ziggy Hood, Brett Keisel, Casey Hampton na linha; LaMarr Woodley, James Farrior, Lawrence Timmons e James Harrison entre os LBs; e Ike Taylor, Bryant McFadden,  Troy Polamalu e Ryan Clark na secundária. Voltando ao último título do Steelers em 2008, a defesa titular tinha nove desses 11 jogadores, com Larry Foote no lugar de Timmons e Aaron Smith no lugar de Hood, mas fora isso, era a mesma defesa, a mesa comissão técnica, o mesmo esquema de jogo e basicamente tudo igual. Voltando ainda mais para 2005, o primeiro título da Franquia desde os anos 70, notamos que Keisel, Hampton, Aaron Smith, Polamalu, Taylor, Foote, Farrior, James Harrison e McFadden estavam todos constituindo a espinha dorsal dessa defesa mais uma vez. E, novamente, com o mesmo coordenador defensivo (Dick LeBeau), as mesmas estratégias e formações e tudo mais que se manteve desde então. Portanto, não estou cometendo nenhum exagero ao falar que um dos grandes trunfos da defesa que foi (junto da do Ravens) a melhor da NFL ao longo destes últimos 10 anos foi uma enorme estabilidade desse lado da quadra.

Esse é um fator mais underrated do que se imagina. Olhando a trajetória de sucesso do Steelers ao longo dos últimos oito anos, é fácil reparar que seu grande motivador foi sempre uma forte e agressiva defesa. Não que seu ataque fosse como o do Jaguars e que ganhasse só as custas de uma defesa excepcional, mas a defesa sempre foi o grande trunfo da equipe e ela que estabelecia o tom dentro de campo. E nesses oito anos, muito pouca coisa mudou na defesa. O coordenador defensivo foi sempre o mesmo, LeBeau. O esquema que ele usa é o mesmo, com pequenos ajustes para se adaptar melhor a algumas características dos jogadores que tem em mãos, mas essencialmente é um esquema com as mesmas bases, fundamentos e que exige os mesmos tipos de jogadores continuamente. E claro, o Steelers fez um excelente trabalho ao longo desses anos em manter seu núcleo intacto, o que torna a implementação desse esquema muito mais fácil ao longo dos anos. Assustadores sete jogadores importantes no título de 2005 estavam presente na última ida da franquia ao Super Bowl cinco anos depois.

Uma das vantagens disso é que, com um esquema já estabelecido e suas principais peças a postos, a equipe sempre soube exatamente do que ela precisava em termos de jogador e que tipo de jogador procurar. Quando o Steelers precisava de um jogador - digamos, um OLB - eles já sabiam exatamente as características que precisavam achar, e então ao invés de ir atrás dos melhores ou mais valiosos da posição no começo do Draft, eles podiam se dar ao luxo de esperar até as rodadas do meio para ir atrás de um jogador menos cotado mas com as características que eles sabiam que eram as necessárias para a equipe. Sabendo que não precisavam que o garoto fosse uma estrela, eles pegavam um cara com as características e o treinavam e desenvolviam para fazer essa função extremamente bem e pronto, sem se preocupar se o jogador seria um craque ou coisa assim. Não coincidentemente, o Steelers foi um dos melhores times achando bons talentos defensivos fora da primeira rodada. Desde 2005, foram Bryant McFadden, Anthony Smith (2006), LaMarr Woodley e William Gay (2007), Ryan Mundy (2008), Keenan Lewis (2009), Curtis Brown e Chris Carter (2011), um aproveitamento incrivelmente grande quando lembramos que ainda tiveram bons jogadores de primeira rodada ai no meio. Essa capacidade de achar encaixes perfeitos ao seu sistema e desenvolvê-los foi crucial para Pittsburgh, e se eles foram reconhecidos como um dos melhores times trabalhando jovens jogadores na defesa ao longo dos últimos anos, podem ter certeza de que isso tudo contribuiu de forma crucial.

Mas infelizmente, isso não pode durar para sempre. Desde 2005, eis a colocação final, ano a ano, da defesa de Pittsburgh (sempre em números ajustados): 3rd (título), 9th, 3rd, 1st (título), 9th, 1st (Super Bowl), 7th, 13th. Primeira coisa óbvia a ser constatada é a correlação entre uma grande defesa e o Super Bowl, inclusive nas duas temporadas onde o time acabou com a melhor defesa da competição foram dois anos de título da AFC. Segundo, que as vezes acontecia da defesa do time ter um ano pior, caindo duas vezes para 9th. Mas talvez mais importante, o fato de que embora tivesse acontecido duas vezes da equipe ter um ano atípico (como já vimos, isso pode acontecer por diversos fatores aleatórios e fora do controle da equipe, como azar com fumbles, lesões, etc), isso nunca se manteve por mais de uma temporada, com a defesa logo se recuperando e retomando seus níveis anteriores. Isso não aconteceu em 2012: depois de uma queda em 2011, a defesa caiu ainda mais, saindo do Top10 pela primeira vez desde 2003 e com o núcleo da sua defesa parecendo ter 400 anos de idade. E não foi apenas nos números, quem quer que tenha visto o Steelers jogar essa temporada foi uma defesa que parecia um passo mais lenta, com muito menos energia do que estamos acostumados. Os números corroboram o que estamos vendo em campo, e como eu disse, a diretoria provavelmente concluiu que essa fórmula de estabilidade, pelo menos com esse núcleo, tinha chegado ao seu limite.

Na verdade, as coisas não foram horríveis na defesa em 2012. 13th é uma posição respeitável (6 posições acima do campeão Ravens, por exemplo) e é muito possível ser campeão com a 13th melhor defesa da competição se você tem um sólido ataque (Falcons estava em 12th virtualmente empatado com Pittsburgh nos números e New England estava abaixo em 15th, por exemplo). Um dos problemas foi que o ataque não foi sólido em 2012 (já chegamos lá), mas a diretoria provavelmente observou o declínio dessa defesa e de alguns de seus jogadores chave (especialmente James Harrison e Troy Polamalu) e concluiu que se fosse manter a mesma abordagem, confiar nas suas estrelas e procurar apenas os complementos com as características necessárias ao esquema de LeBeau, a tendência era que o grupo continuasse caindo de produção cada vez mais com o tempo, então quanto antes começasse a remontar sua defesa, melhor.

As primeiras causalidades vieram logo: Hampton, James Harrison, Bryant McFadden e James Farrior foram dispensados, com o último se aposentando logo depois. Keisel deve perder algum espaço com sua produção caindo e o jovem Cam Heyward por lá. LaMarr Woodley continua por lá e pela idade ainda tem muita gasolina (28 anos), mas viu sua produtividade despencar ano passado sem Harrison para atrair a atenção de todas as defesas, com seus sacks caindo de 9 para 4 e seus tackles de 28 para 27 apesar de ter jogado três jogos a mais em 2012 . Troy Polamalu ainda está na equipe, mas não consegue ficar saudável e o time já prepara para a vida sem talvez seu melhor defensor (quando saudável). Mas talvez a melhor idéia de como o Steelers está preparando uma vida nova seja essa: entre 2004 e 2012, a maior força da defesa do Steelers foi seu espetacular grupo de linebackers. Entre esse período, o Steelers pegou exatamente UM LB com uma escolha alta de Draft, Timmons em 2007 (Woodley era DE e converteu futuramente), por conta de tudo que já foi dito sobre ter um grupo no lugar, não precisar de estrelas e poder ir atrás de role players com as características certas, guardando as escolhas mais altas para outras posições. Em 2013, a escolha de primeira rodada da equipe foi Jarvis Jones, um excelente OLB de Georgia. Eles não teriam feito isso em 2010; em 2013 eles não tiveram outra escolha porque precisavam urgente de um OLB dominante para fazer essa defesa retomar seu padrão, e por isso pegaram o melhor disponível.

Muitas pessoas associam uma reconstrução (ou remodelação, talvez mais apropriado no caso) a uma piora grande em desempenho, mas eu não sei se será o caso. As vezes, o veterano que está sendo substituído estava sendo tão improdutivo e mantendo seu lugar por nome que a simples troca dele por um jogador diferente já possa dar um boost na equipe. Da mesma forma, trocar alguns jogadores mais velhos e lentos por jogadores sem a mesma técnica, mas com mais energia e atleticismo pode causar uma mudança no padrão e compensar de certa forma essa piora. Então mesmo que seja de se esperar uma regressão da defesa no curto prazo, eu não acho que vá despencara de 13th para 22nd, por exemplo. Existe bastante incerteza sobre como as novas peças vão se encaixar no esquema de LeBeau, se alguma delas vai evoluir na estrela que atrai a atenção dos ataques e permite que o resto da defesa encaixe nos seus respectivos lugares (como Harrison e Polamalu faziam), quais as melhores combinações, se LeBeau vai ter que fazer pequenos ajustes para cobrir novas falhas... Basicamente, a questão aqui é que essa mudança trás muita incerteza, mas não necessariamente uma grande piora. Alguma queda deve ser esperada para 2013, especialmente em virtude de um calendário mais forte, mas muitos desses jogadores já estavam contribuindo muito menos do que antes e se tem um time que sabe desenvolver talentos na defesa, é o Steelers. Então no médio prazo, essa reconstrução vai ser bem lembrada. No curto prazo, talvez precise de paciência.

Mas como eu disse antes, o grande problema de Pittsburgh esse ano foi o ataque, por conta de três fatores diferentes. Como os dois últimos estão relacionados, vamos falar primeiro sobre o jogo aéreo da equipe, e os problemas de Ben Roethlisberger. No papel, o Steelers deveria ter um grande ataque, ou pelo menos um bom. Tem um dos melhores quarterbacks da NFL em Big Ben, e tinha um bom trio de WRs com Emmanuel Sanders, Mike Wallace e Antonio Brown, jogadores jovens e muito explosivos, sem falar em uma dupla interessante de TEs (o bom recebedor Heath Miller e o bom bloqueador Matt Spaeth). Mas não foi bem assim, em parte devido a Brown e principalmente Wallace sofrerem com quedas de produção (Wallace, em particular, regrediu grosseiramente, não conseguiu passar das 850 jardas depois de somar mais de somar 2400 nas duas temporadas anteriores e teve seu pior aproveitamento em recepções com 54%), um dos motivos pelos quais Pittsburgh não fez muito esforços para segurar Wallace na Free Agency. Mas talvez mais importante, especialmente indo para frente, está o fato de que Big Ben simplesmente não consegue ficar saudável uma temporada. Em 2012, ele perdeu três jogos (duas derrotas) por lesão e passou tantos outros limitado, e não joga uma temporada completa desde o título de 2008. Ainda que lesões sejam muitas vezes aleatórias de um ano para outro, o histórico de Big Ben já chama a atenção e é mais do que significativo, especialmente considerando seu estilo muito físico, sempre saindo do pocket, improvisando e levando trombadas atrás de uma linha ofensiva medíocre já faz alguns anos. Ben tem perdido quase dois jogos por temporada desde que entrou na NFL, e não tem motivos para acreditar que isso vá mudar agora que ele passou dos 30 anos. Então enquanto Ben ainda seja um dos melhores QBs da NFL, a perda de seu melhor WR e seu histórico de lesões colocam uma limitação importante em cima de um ataque que teria que carregar sua defesa por uma temporada.

Os outros dois problemas estão relacionados a esse e entre si, e embora tenham sido problemas muito maiores em 2012, também tem melhor perspectiva para o futuro. Em resumo, o jogo terrestre da equipe foi horrível temporada passada, o segundo pior ataque terrestre da NFL depois do patético ataque do Cardinals. E além de ser patético, ele também foi de longe o ataque que mais entregou a bola de presente, com os RBs da equipe combinando para 12 e o ataque como um todo combinando para 33, segunda pior marca da NFL inteira atrás apenas do Eagles. Mas ao contrário do Eagles, eles não podem usar a carta do "tivemos um aproveitamento recuperando fumbles entre os piores da NFL nos últimos anos!" porque o Steelers na verdade teve um aproveitamento de 51%. Eles simplesmente sofreram fumbles demais mesmo e isso voltou para assombrar a equipe.

Mas além do problema incrível dos fumbles, o ataque terrestre simplesmente foi uma droga em si mesmo. Apenas um RB do elenco inteiro (e o time usou cinco) teve aproveitamento de jardas por corrida de 4.0 ou superior, e foi Johnathan Dwyer - um jogador com tantos fumbles como touchdowns -com um 4.0 exato. A média da equipe foi de 3.7 jardas por carregada, e a segunda corrida mais longa de toda a temporada do Steelers foi de 31 jardas por um QB terceiro reserva de 33 anos. A linha ofensiva da equipe foi, per Football Outsiders, a sexta pior da Liga bloqueando corridas e apenas três times da NFL inteira tiveram um pior aproveitamento em jardas por corrida. Então sim, foi uma desgraça que precisa melhorar para 2013 se o ataque como um todo quiser voltar a ser bom (espcialmente porque todos já devem saber a esse ponto que quanto pior seu ataque terrestre, mais atenção a defesa adversária coloca no jogo aéreo e torna a vida do QB mais difícil).

O lado positivo é que existem alguns fatores que indicam que sim, o ataque terrestre pode (ou deve) melhorar. Primeiro de tudo, a equipe correu para trocar seu RB titular, deixando Rashard Mendenhall sair na Free Agency e trazendo LaRod Stephens-Howling (a maior força nominal da NFL). Não que a troca em si vá mudar a vida da equipe, Howling vem de uma temporada muito ruim (embora, em defesa dele, o Cardinals de 2012 tivesse uma das piores OLs da história da NFL) em 2012. Mas também teve uma temporada assim Mendenhall, que apesar de passar das 1000 jardas duas temporadas seguidas só uma vez na carreira teve um aproveitamento por corrida acima de 4.0 (em 2009) e que vinha de uma temporada decadente em 2011 e muitas lesões em 2012, enquanto Howling é muito mais barato e permitiu ao time criar espaço salarial para manter Emmanuel Sanders apesar do interesse do Patriots. O que eu acho interessante de Howling é que ele é de um estilo diferente de Dwyer e do calouro Le'Veon Bell (que devem disputar o cargo de principal RB da equipe), um jogador mais explosivo e change-of-pace com a bola nas mãos, não com a mesma força para abrir buracos na linha mas melhor recebendo passes e trabalhando com um campo aberto (funciona muito bem de retornador, também). Eu acho isso interessante porque o maior problema da linha ofensiva do Steelers não foi na linha de scrimmage e sim no segundo nível (os linebackers), então Howling é uma aposta interessante para funcionar como o RB alternativo do time atrás de Dwyer e Bell (pense em Darren Sproles). Também tem o fato, menor mas importante, de que a taxa de fumbles dos running backs da equipe esteve em níveis absurdamente altos em 2012 e deve regredir para níveis mais normais em 2013.

O terceiro e talvez mais importante ponto positivo aqui provavelmente é a questão da saúde. Não de Big Ben, acho que todo mundo já desistiu de ver ele saudável por uma temporada inteira, mas sim da linha ofensiva. Ano passado, a equipe viu suas duas primeiras escolhas de Draft - o guard David DeCastro e o RT Mike Adams - perderem combinados mais de 17 jogos combinados (incluindo DeCastro perdendo os 11 primeiros e todo o training camp), sendo que DeCastro era esperado para ser o G titular do time desde a primeira semana e Adams deveria brigar pela titularidade na sua posição. DeCastro e Adams devem voltar agora para a temporada 2013, e considerando o fiasco que foi sua linha ofensiva temporada passada, é de se esperar uma melhora significativa dessa unidade, especialmente contra o jogo corrido (especialidade de DeCastro, considerado o melhor guard de sua classe). Então esse pouco mais de saúde na linha ofensiva e um pouco de regressão devem ser o suficiente para tirar o jogo terrestre da equipe do fundo do poço, especialmente considerando que esse mesmo grupo foi o sexto melhor da NFL em 2011. Não espero que suba tão alto, mas é de se esperar que no mínimo melhore em relação a esse nível, e podemos esperar que isso tenha um impacto importante também em um jogo aéreo que precisa de alguma ajuda depois de perder Wallace. Btw, inteligente manobra da equipe indo atrás de Bruce Gradkowski, um sólido QB reserva para Big Ben que não afunde a equipe quando inevitavelmente o titular se machucar.

Em resumo, o Steelers é um time que viu necessidade de remodelar sua defesa, mas ao contrário do Ravens, não tinha o teto salarial para trazer de fora alguns substitutos de forma a manter o nível. Eu não espero uma queda brutal desse lado da bola porque muitos dos veteranos estavam produzindo menos do que o esperado e sangue novo pode ajudar muito essa defesa velha, mas é de se esperar um período de adaptação aos novos jogadores e uma regressão nesse sentido, especialmente porque boa parte dessa remodelação terá que vir de dentro da própria equipe. A comissão técnica sempre foi excelente desenvolvendo talentos, então não existe muito motivo para pânico, só a aceitação natural nos esportes de que até mesmo as unidades de maior sucesso precisam passar por reformulações. Do outro lado, o jogo terrestre do Steelers deve ser consideravelmente melhor em 2013 depois do fiasco da temporada passada, mas com a perda de Mike Wallace e as dúvidas de sempre sobre a saúde de Big Ben, não espero que essa melhora no jogo terrestre seja suficiente para colocar o ataque num patamar onde seja capaz de carregar sua defesa por 16 jogos em um calendário mais difícil. Outra temporada 8-8 seria a hipótese mais provável em 2013 (com teto um pouco maior caso Big Ben jogue com menos lesões), embora como seja o caso de qualquer time com tantas mudanças, as muitas incógnitas (especialmente na defesa) possam balançar esse número para qualquer um dos lados em uma divisão muito em aberto. Esperem um Steelers forte em 2014 depois de um 2013 de adaptação.

3 comentários:

  1. Achei tendencioso esse seu post... Tem seu ponto de vista escancarado ai, e isso pode desagradar muito quando vc afirma algo pelo seu ponto de vista e nao pelos numeros ou fatos

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    1. Andrei, sou torcedor do Steelers e apesar de concordar com vc que tem mto do ponto de vista dele, achei um post muito bom e que provavelmente será muito proximo do que realmente deve ocorrer.Eu sinceramente não gostei de como a reformulação aconteceu e acredito um pouco menos na comissão técnica, visto que já tem alguns anos que algumas escolhas de meio do draft na parte defensiva não se tornaram jogadores tão bons.

      Sobre o Wallace, achei que o Steelers queria mante-lo e não conseguiu pelo cap e não simplesmente deixou ele ir, mas eu estou estou mais otimista com o ataque e menos com a defesa.
      Acredito que o ataque deva ir melhor do que o Vitor e acho que a defesa terá mais dificuldades do que ele espera.

      Acredito numa temporada 8-8 ou 9-7, com o fator determinante para playoffs sendo os jogos contra os browns, que roubando uma vitoria de quem quer que seja pode determinar uma ida aos playoffs de qualquer um dos outros 3 times da divisão.

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    2. Considerando que eu não torço pro Steelers nem pra nenhum rival (nem da AFC meu time é), não vejo porque eu seria tendencioso.

      O Ases também deu a opinião dele (diferente da minha e totalmente compreensível) porque o Steelers é um time com mudanças importantes de modo que os números param de ser suficientes e temos que nos basear em experiencia e nossos conhecimentos dos jogadores pra tentar projetar como as coisas serão no dia seguinte.

      E Ases, foi questão de cap sim, ao contrário do Ravens eles não tinham nenhum espaço salarial. A questão é que eles nem buscaram abrir esse espaço, eles concluiram que o retorno não valia a dificuldade, e a relação já estava um pouco desgastada. Mas não achei que a reformulação ta mal, ela começou devagar por causa da questão salarial da equipe, mas vai acelerar quando possível. E como a AFC North ta bem aberta, playoffs é bem possível pro Steelers ainda.

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