Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

terça-feira, 17 de junho de 2014

As estrelas da offseason, parte II - Carmelo Anthony

"Renovar com o Knicks?! Ta maluco?!"


(Essa é a segunda parte da coluna que começou sábado, quando falei de Kevin Love. A introdução é a mesma, então se já tiver lido, pode ir direto aos finalmentes).

Com o Miami Heat chegando na sua quarta final de NBA consecutiva (primeiro time a fazer isso em 25 anos) e dois títulos na estante, tem ganhado cada vez mais força a narrativa de que, para vencer um título na NBA, você precisa de uma superestrela, um dos 10 ou 15 melhores jogadores da Liga, capaz de vencer jogos sozinhos e desequilibrar uma série. É uma teoria que sempre foi repetida nos círculos da NBA, e que ganhou ainda mais força dada a dominação do Miami Heat nos últimos anos e a ascensão de times como Thunder e Clippers.

E certamente existe muito que sustenta essa teoria ao longo da história da NBA, tanto mais antiga como recente. É DIFICÍLIMO vencer um título na NBA sem uma grande estrela, quase impossível. Desde que Magic e Bird entraram na NBA em 1980, com apenas UMA exceção, os times campeões contavam sempre com uma grande estrela: Kareem, Bird, Moses Malone, Magic, Isiah ThomasJordan, Hakeem, Duncan, Shaq, Wade, Garnett, Kobe, Nowitzki e LeBron James - todos jogadores que estariam alto em uma lista dos maiores de todos os tempos. A exceção é o Pistons de 2004, um time sem estrelas que é praticamente a exceção para tudo na história da NBA, uma equipe que se aproveitou de uma época onde as regras ficaram excessivamente a favor de times ultra-defensivos e de um Leste bastante fraco. Ainda assim, fato é que a história nos mostra diversas vezes que sim, você realmente precisa de um jogador Top10 ou Top15 para ter chance de vencer um título.

O problema é que cada vez mais parece que só uma estrela não basta, e que você também precisa de uma segunda estrela - ou talvez até uma terceira - se quiser ser campeão. Não é essencial como sua primeira estrela, mas sem dúvida aumenta muito suas chances. LeBron só foi vencer um título em Miami cercado por Wade e BoshKevin Garnett aceitou ir para o Celtics porque lá tinha Ray Allen e Paul Pierce, que tirariam a responsabilidade da pontuação das suas mãos; Kobe foi as Finais como coadjuvante de Shaquille O'Neal, e só voltou lá cinco anos depois quando lhe deram Pau Gasol embrulhado em papel de presente; Duncan teve primeiro David Robinson, depois Parker e Manu, e sempre teve talvez a mais importante delas fora de quadra, Popovich. Mesmo Kareem precisou de Magic Johnson, e Jordan de Scottie Pippen. E mesmo entre os não-campeões da atualidade, OKC tem Durant, Westbrook e Ibaka, e o Clippers tem Chris Paul e Blake Griffin - junto de Spurs e Heat, esses são os quatro melhores times da NBA (o quinto, pelo menos em eficiência total? O Rockets de Harden e Dwight Howard).

Você provavelmente já entendeu o ponto: a NBA é uma Liga de estrelas, onde as estrelas são as maiores comodidades que você pode ter na sua equipe. Se você não tem, você está em um patamar muito abaixo dos times que as possuem, e quanto mais você tiver, melhor. O óbvio problema aqui é que existe um número limitados de jogadores assim na NBA. Então, é claro, não é nada fácil ter a sua estrela, e todos os times que não tem estão desesperadamente a procura de uma, seja por Draft, seja pela Free Agency, seja por trocas. 

Portanto, não é de se surpreender o enorme interesse que é gerado toda vez que uma estrela fica disponível para mudar de time. É a chance de vários times que não tem estrelas adquirirem uma, ou então de times que já tem uma base adicionarem o talento excepcional em busca do próximo passo (ver: Rockets, Houston). E por esse motivo, parece que dois jogadores - duas estrelas - dominarão a mídia na NBA quando as Finais acabarem: Kevin Love, e Carmelo Anthony, duas estrelas que podem mudar de time nessa offseason.

A situação dos dois, claro, é diferente. Carmelo Anthony é um Free Agent, cujo contrato com o Knicks vai expirar e que está livre para ir aonde bem entender. Kevin Love, por outro lado, ainda tem mais um ano no seu contrato (e uma opção para 2015/16 se quiser), mas joga para um time de mercado pequeno com o qual ele está bastante insatisfeito, e podendo sair depois de 2015, e criou uma situação na qual o Wolves se arrisca a perder o jogador por nada caso não se antecipe e troque seu craque. Então Carmelo e Love tem isso em comum: ambos são estrelas, e ambos estão disponíveis a ir para o seu time nessa offseason. Isso é, se você puder pagar.

Com a offseason se aproximando, previsivelmente, as histórias e os boatos em torno de Melo e Love já começaram a aparecer. Então eu estou aqui para analisar exatamente a situação de cada um, quais são os potenciais interessados (e destinos factíveis), quais as opções dos jogadores, e o que os seus times atuais podem fazer para manter suas estrelas. Lembrando que estou analisando principalmente as possibilidades e probabilidades de cada evento acontecer, não levando em conta os rumores e boatos que surgem por ai.

Sábado, falamos sobre a situação de Kevin Love. Hoje é hora de falar das questões envolvendo Carmelo Anthony.


Carmelo Anthony


Ao contrário de Kevin Love, um jogador mais jovem com uma ascensão relativamente recente e menor rodagem na NBA, Carmelo Anthony já é uma estrela antiga e consagrada. Melo tem 11 anos de NBA no currículo, 6 All-NBA Teams (dois 2nd Team, quatro 3rd Team) e uma merecida fama como um dos melhores pontuadores da NBA nesse período: 21 ppg como calouro pelo Nuggets e nunca abaixo de 20, atingindo seu auge em 2007 (29-6-4) e 2010 (28-7-3 para um bom time de Denver que foi para as Finais de Conferência) e liderando a NBA em pontos em 2013. No entanto, esse sucesso individual nunca se transferiu para sucessos coletivos: Melo chegou apenas uma vez nas Finais de conferência (2010) por Denver antes de forçar uma troca para New York, um mercado maior que já tinha uma primeira "estrela" no lugar e aparentava estar em boa situação para atrair uma terceira (lembrem-se que CP3 e Deron Williams estavam para se tornar free agents).

O motivo para forçar essa troca nunca foi bem esclarecido, mas pareceu uma mistura de três coisas: um entendimento do valor que um mercado grande como NY poderia ter sobre uma superestrela como Melo (e para sua mulher, claro); uma componente pessoal (Melo simplesmente queria o glamour de jogar no Knicks); e por fim, uma decisão de basquete em busca de um título. Sobre esse último, é simples: o Big Three de Miami tinha acabado de se juntar e tinha lançado as bases para os times de muitas estrelas construídos via free agency, e com Deron Williams e CP3 prestes a se tornarem free agents, a idéia era de que Melo, Amare e um dos dois poderiam se juntar no seu próprio Big Three em New York. Claro, nunca aconteceu: CP3 foi para Los Angeles, Deron para o rival Brooklyn, os joelhos de Amare foram para o saco, e o Knicks ganhou apenas uma série de playoffs em quatro anos mesmo jogando no Leste. E um abraço para a melhor chance de vencer um título.

Agora o contrato de Melo vai chegando ao fim, e sua situação é muito mais simples que a de Love: não tem nenhuma troca para forçar, nenhuma complicação quanto a extensão a ser assinada nem nada. Melo tem uma opção para 2015 que ele ainda pode exercer, mas também pode encerrar seu contrato agora e entrar para a free agency. Por alguns motivos, eu acredito que ele vai preferir encerrar seu contrato agora: tem algumas opções interessantes para ele se transferir se seu objetivo é realmente vencer, e sair agora lhe da a opção de assinar talvez seu último contrato máximo da carreira o quanto antes - chegando perto dos 30, você vai querer garantir o máximo de dinheiro possível enquanto pode.

Então assumindo que Melo opte por terminar seu contrato e virar Free Agent, quais são as opções realistas que Melo tem nessa free agent, como cada uma pode atrair Melo, e qual a vantagem para ele em cada uma delas?


Quais as chances dele continuar no New York Knicks?

O caso a favor do Melo continuar no Knicks é bem simples: pelo novo CBA da NBA, o Knicks pode oferecer um ano a mais de contrato e mais dinheiro do que qualquer outro time da liga - NYK pode lhe oferecer um contrato máximo de aproximadamente 5 anos, 130M (26M por ano), enquanto que no mercado ele não poderia ganhar mais do que 4 anos, 96M (24M por ano). Isso é motivo suficiente para convencer muita gente, não só pelo dinheiro extra como pela garantia de um ano a mais de salário - lembrando que Melo já tem 30 anos, então dificilmente vai ter um próximo contrato máximo e é uma diferença considerável ganhar um contrato máximo por um ano extra (só pra constar, esses valores podem variar conforme o salary cap para o ano que vem mudar).

Claro, não é só isso que vai pesar na hora da decisão. New York ainda é o maior mercado dos EUA, e Melo sabe perfeitamente o valor de jogar nele - aumenta o valor da sua "marca" (e, vale ser dito, é onde sua mulher que adora os holofotes quer morar), por exemplo, algo que é cada vez mais importante para atletas hoje em dia. Morar em New York por si só já é um atrativo imenso, uma cidade onde você pode agir como uma celebridade perto de outras celebridades e desfrutar de um certo status.

Além disso, tem outro motivo que certamente Melo sabe: jogar no Knicks tem um peso que nenhuma outra franquia trás. Os torcedores do Knicks são os mais refinados e fanáticos dos EUA (acredite, eu conheço uma família deles) e acompanham uma das franquias mais tradicionais da liga, mas não tem a história de sucesso como os do Lakers ou Celtics e em geral estão "carentes" por uma estrela, alguém para conectar e acompanhar com paixão como faziam com Bernard King, Clyde Frazier e tantos outros. Enquanto ele for o franchise player do Knicks, ele sabe que suas ações em quadra terão um peso maior, que o impacto dos seus jogos de 60 pontos serão ainda maiores, e que sempre terá uma torcida inteira lotando a Meca do basquete (MSG) para gritar o seu nome. A importância que vem em jogar para o Knicks é ímpar, e algumas pessoas valorizam muito isso. E vale citar que, embora o impacto ainda seja muito difícil de dizer a essa altura, o Knicks acabou de fazer uma oferta monstruosa para Phil Jackson assumir o comando da equipe na esperança de que o carisma o currículo de Phil mudem o rumo da franquia e exerçam uma forte influença sobre Melo. É possível que a idéia de jogar para o maior vencedor da história recente dos esportes americanos seja a carta na manga do Knicks.

O caso a favor de Carmelo deixar o Knicks é ainda mais simples: no século 21, você vai ter trabalho para achar uma franquia mais consistentemente fracassada e incompetente do que o Knicks, um time que gastou os últimos 14 anos em trocas péssimas, elencos caros e muitas derrotas. Um dos motivos por trás da vontade de Melo ir para o Knicks era achar uma situação com boa chance de vencer, em parte porque acreditavam poder montar um novo Big Three por lá, mas essa esperança já acabou faz muito tempo. Amare não é nem sombra do que já foi um dia, CP3 foi para o Clippers, e as esperanças de atrair mais uma estrela ficam menores a cada dia. Esse sonho acabou.

Além disso, Melo sabe que ficar no Knicks é praticamente desistir da idéia de competir por um título no futuro próximo. O time é muito fraco para 2015 - a mesma base que sequer conseguiu ir aos playoffs em 2014 no fraquíssimo Leste e muito acima do salary cap - e, embora em 2016 quase todos os salários saiam da folha da equipe dando possivelmente lugar a um contrato máximo, é uma aposta distante demais e arriscada demais que o Knicks possa atrair alguma outra estrela para se aliar a Melo. New York não oferece uma situação de briga por título imediata, e nenhum plano para o futuro além de "teremos cap space para 2016 se não estragarmos tudo antes e TALVEZ possamos trazer alguns bons jogadores!" pela falta de ativos. E além disso, vale lembrar que o Knicks tem um dos piores donos de todos os esportes americanos (James Dolan) e uma diretoria que tem sido horrível por anos a fio (a esperança é que Phil mude isso, mas o histórico é bem negativo). Ficar no Knicks praticamente significa diminuir drasticamente as perspectivas de título que, supostamente, era algo importante para ele em 2011.

Qual dos dois casos é mais forte? Hmm... eu realmente não sei dizer. Depende muito do quanto valor Carmelo atribui (e atribuirá) a diferentes fatores: dinheiro, estabilidade, vencer títulos, glamour, etc. Ficar no Knicks significa ganhar mais dinheiro (por um ano a mais), continuar sendo um ícone de New York e jogar para Phil Jackson, mas também significa que as chances dele ganhar um título caem drasticamente. Sair pode colocá-lo em uma situação melhor, desde que esteja disposto a abrir mão do dinheiro e das vantagens de jogar em NY. E isso depende MUITO da ordem de prioridades para Carmelo, algo que nem eu nem você podemos dizer no momento. Mas a situação é muito menos confortável do que parecia em 2011.


Los Angeles Lakers

Porque aparentemente existe uma lei na liga que diz que o Lakers tem que estar envolvido em todos os rumores de troca ou free agent da NBA.

Em termos salariáis, é possível: o Lakers tem só 37M de salário para 2015, e isso considerando as propostas qualificatórias de Bazemore e Ryan Kelly e o contrato não garantido de Kendall Marshall. Recusando as propostas, todos os direitos sobre free agents (gente a beça - o total dos cap holds do Lakers chega a 56M) e dispensando Marshall, o Lakers tem apenas 33M garantido para 2015, bem abaixo do projetado teto salarial de 63M e com espaço para dar um contrato máximo a Melo. Então certamente é possível que Carmelo vá para o Lakers.

A questão aqui é, porque ele o faria? Porque deixaria na mesa mais dinheiro e mais um ano de contrato para trocar o Knicks pelo Lakers? O Lakers também não oferece a ele uma situação para vencer logo, com o contrato mastodôntico de Kobe tapando quase toda a folha salarial da equipe e impedindo a contratação de outros bons jogadores (e lembrem-se, eles não podem reassinar seus free agents usando Bird Rights se renunciarem a seus direitos para abrir espaço na folha salarial anteriormente). Porque ir de uma situação onde ele não vai vencer no curto prazo para outra, sendo que a atual oferece mais dinheiro, uma relação mais próxima com a torcida, mais status como "jogador leal e salvador" com a torcida mais fanática do planeta, e que é um mercado ainda maior que Los Angeles, sendo que na segunda ele ainda teria que aguentar Kobe por dois anos? Não faz nenhum sentido. E se você quer usar a carta do "o contrato do Kobe expira em dois anos e o Lakers terá espaço máximo para atrair outras estrelas!", lembre que no Knicks isso acontece um ano antes, e que agora que Jerry Buss morreu, o Lakers tem um dono tão incompetente quanto Dolan. Não tem vantagem alguma em Melo ir para o Lakers. Não vai acontecer.


Houston Rockets

Indo para um terreno mais realista, o Rockets é um time que desde o começo chamou alguma atenção por sua abordagem recente de ir atrás de estrelas e da sua compreensão do valor desse tipo de jogadores. Primeiro eles trocaram por James Harden, depois usaram sua presença para atrair Dwight Howard na free agency e montar um time bem competitivo que terminou 2014 quinto em eficiência total. Então entre sua atratividade para estrelas e a presença de outras duas, o fato de que em Houston não tem impostos sobre o salário (o que diminui o impacto econômico de sair do Knicks) e sua boa posição para competir por títulos no futuro próximo, é fácil de ver porque o Rockets é considerado um destino possível para Carmelo.

A logística, no entanto, é um pouco mais complicada. Mesmo recusando os direitos sobre seus FAs, dispensando Covington e Casspi e recusando as ofertas qualificatórias de todos os jogadores que não sejam Chandler Parsons, o Rockets ainda vai ter bem pouco espaço salarial nessa offseason, algo como 1 ou 2 milhões abaixo do salary cap apenas. Considerando que precisariam abrir mais de 20M para encaixar um contrato máximo para Carmelo (sim, ele poderia optar por ganhar menos, mas vamos trabalhar com os cenários extremos aqui), isso exigiria alguma criatividade por parte da equipe - especialmente quando você lembra que o time já tem quase 39M comprometidos com apenas Harden e Dwight.

Os dois maiores candidatos a trocas para liberar o teto salarial seriam, é claro, Omer Asik e Jeremy Lin. Cada um conta como 8.4M na folha salarial, então se o time conseguisse se livrar de ambos liberaria algo como 18M totais na folha salarial. Trocar Asik e Lin não deve ser tão difícil se o time precisar - ambos são jogadores úteis, em contratos expirantes, e que possuem um bom valor de troca e que muitos times estariam dispostos a aceitar de bom grado, tanto um time que tenha toneladas de salary cap para aceitar ambos (Sixers?), um time que possa mandar de volta um contrato não garantido (Cavs com Varejão?), ou mesmo trocas separadas. Mesmo que o seu salário nominal de 11M seja um problema, não é algo que o Rockets não possa contornar com uma ou outra escolha futura bem protegida. Muitos times estariam dispostos a aceitar Asik e/ou Lin em contratos expirantes. Mas isso liberaria ainda apenas 18M de espaço salarial, então a não ser que Melo aceite um desconto para se juntar ao Rockets (lembrando que ele já estará deixando dinheiro na mesa por sair do Knicks), o time ainda terá que trocar algumas peças como Motiejunas, Terrence Jones ou Isiah Canaan (3.9M somados) ou mesmo dispensar o contrato não-garantido de Patrick Beverley (900k) para chegar perto dos 22M de folha salarial (e isso sem contar os cap holds dos outros lugares do time). Com alguma criatividade, o Rockets pode chegar no espaço para um contrato máximo para Melo, mas vai ser muito difícil e vai exigir uma eliminação total do seu elenco.

No entanto, isso exigiria que o Rockets dispensasse quase seu time inteiro que não fosse Harden e Howard, e Melo sabe muito bem as consequências desse tipo de all-in porque foi o que o Knicks fez para adquiri-lo. Mas Houston abriu uma outra opção possível. Algum tempo atrás, o time declinou a opção que tinha para 2015 no contrato de Chandler Parsons, tornando-o um free agent restrito imediatamente. Muita gente atribuiu isso a uma tentativa de controlar o destino do jogador (Houston poderá igualar qualquer oferta por ele, sendo que ele seria um free agent irrestrito em 2015) caso um acordo com Melo saísse pela janela, e certamente é um fator importante. Mas tem outra coisa a ser levada em conta: a possibilidade de usar Parsons em um sign-and-trade por Carmelo. Essa possibilidade não faz sentido para Minnesota porque Parsons nunca iria querer ir para Minesota, mas New York?! É outra história. O seu status restrito facilita para o Houston, que poderia fazer um sign-and-trade (Parsons e Linsanity de volta a NY por Melo?) ou, caso perca a chance de sair com o All-Star, pode simplesmente renovar com Parsons e usá-lo futuramente como moeda de troca ou mesmo continuar com a mesma base dos últimos anos.

São duas possibilidades um pouco complicadas que exigirão algumas manobras, mas ainda são possibilidades reais. E como já foi dito, se Melo decidir deixar o dinheiro na mesa para sair do Knicks, é porque ele quer uma opção para vencer imediatamente e mais ajuda, e vai encontrar uma ótima opção dessas em Houston: Dwight Howard para proteger suas costas, James Harden para ficar com a bola nas mãos a maior parte do tempo, e muito menos defesas com dois ou três jogadores designados para pará-lo - sem falar, claro, que é um time que briga imediatamente por títulos com a formação do seu Big Three. E se Melo aceitar ganhar menos dinheiro para assinar (algo na casa dos 18M) com Houston, eles podem conseguir esse dinheiro trocando apenas Lin e Asik e ainda podem manter Chandler Parsons (já que não precisariam desistir de seus direitos). Seria um time incrível. Se a opção é vencer um título, essa é uma das duas melhores opções para Carmelo.


Chicago Bulls

Já escrevemos muito sobre a necessidade do Bulls por uma nova estrela na parte sobre Kevin Love. Se você está com preguiça, um rápido resumo:

"Chicago está desesperado atrás de uma nova estrela (tanto que aparecerão duas vezes nessas colunas), em parte para colocar junto de Derrick Rose e Joakim Noah, e em ainda maior parte para assumir o controle da equipe de Rose caso ele não volte o mesmo (ou até para diminuir as responsabilidades de Rose quando voltar)"

As vantagens e possibilidades (e dificuldades) de uma troca por Kevin Love já foram exploradas. Mas no caso de Melo, é mais simples: liberar espaço salarial o suficiente, porque o encaixe também faz muito sentido. Melo é um pontuador nato que é criticado por não defender bem, que tem bom alcance na linha de três pontos, bom jogo no garrafão e que é capaz de criar seu próprio arremesso. Coloque ele no Bulls e de repente Melo tem um Defensive Player of the Year e um dos melhores técnicos defensivos da NBA para protegê-lo na defesa, um pivô que é um exímio passador e gosta de jogar na cabeça do garrafão que vai fornecer muitas boas oportunidades de pontuação perto do aro, e possivelmente uma outra estrela (Rose) para assumir um pouco das responsabilidades de pontuação/ball handle e tirar aqueles double e até triple-teams de Melo. Ao mesmo tempo, o Bulls ganha alguém capaz de atrair defesas e abrir a quadra, um ótimo pontuador inside-out que pode jogar de SF ou de PF, aliviar a carga de Rose conforme ele se recupera, e criar arremessos do nada quando o ataque fica estagnado. Junte a isso o terceiro maior mercado dos EUA e um Leste historicamente fraco, e essa opção fica ainda mais interessante para uma mudança.

Em termos práticos, vai exigir alguns malabarismos por parte do Bulls, mas é muito factível. O Bulls estaria mais ou menos na linha do salary cap de 2015 recusando seus cap holds (menos DJ Augustin e Nikola Mirotic), não fazendo oferta qualificatória a Shengeila e dispensando Troy Murphy e seu contrato não-garantido (em torno de 63M). Mas eles tem ainda sua anistia por usar, e Carlos Boozer é um enorme candidato - usar a anistia no PF significa liberar 16.8M de dólares de uma tacada só do espaço salarial da equipe.

Claro, 16.8M não seria suficiente para assinar Melo a não ser que ele aceite um grande desconto, e isso dificilmente vai acontecer considerando que a) ele já deixou dinheiro para sair do Knicks e b) esse é provavelmente sua última chance de contrato máximo. Nesse caso, o Bulls também teria que mover Taj Gibson e seus 8M para algum time com muito cap space. Não acho que será tão fácil mover esse contrato já que ele se estende até 2017, mas Gibson é um excelente jogador e um dos melhores defensores da NBA, alguém que se desenvolveu muito bem essa temporada, e certamente terá algum interesse - e se o contrato for demais para alguns times, o Bulls tem duas escolhas de primeira rodada para tornar a troca mais "atraente". De um jeito de outro é factível. Se o Bulls fizer essas duas coisas - anistiar Boozer e trocar Gibson sem receber salários garantidos de volta - então estamos olhando para 25M de espaço salarial, espaço de sobra para assinar uma ou duas escolhas de Draft e oferecer o contrato máximo que Melo tanto quer.

O saldo: um núcleo Rose/Noah/Melo com bons role players como Jimmy Butler, Mike Dunleavy, Tony Snell; a chance de trazer de volta DJ Augustin ou Jimmer Fredette; Thibodeau; uma ou duas escolhas de primeira rodada... e talvez mais importante, ainda tem condições de trazer Mirotic para a NBA se os fortes rumores de que ele quer vir se comprovem. Você pode montar então um time Rose/Butler/Melo/Mirotic/Noah, ou até mesmo Rose/Butler/Dunleavy/Melo/Noah com Mirotic vindo do banco. Esse é um núcleo muito bom - a defesa deve continuar boa, tem mais opções no ataque e para espaçar a quadra, tem habilidade atlética, profundidade, pode jogar alto ou baixo, versatilidade... é um time fantástico, e se Rose conseguir se manter minimamente saudável, é um time para brigar com títulos desde o primeiro minuto em uma conferência fraca.

É uma ótima possibilidade para Melo. Por um lado, é uma oferta mais arriscada que a de Houston já que depende da saúde de Derrick Rose para funcionar direito, mas por outro é muito mais fácil de ser realizada (não depende de grandes movimentações menores ou de um sign and trade incerto) e, se Rose ficar saudável, oferece um caminho muito mais fácil para as Finais em um Leste fraco (e com um Miami Heat com futuro incerto) do que em um Oeste com San Antonio, Clippers e Oklahoma City - sem falar em Portland, Dallas, Golden State e todos os times que sempre geram problemas por lá. Também oferece um time muito mais profundo do que Houston, em parte porque Mirotic ainda não está na NBA ganhando milhões e Noah não está em um contrato máximo. É uma opção mais arriscada, mas entre probabilidade de acontecer, o mercado maior e o time mais profundo, me parece a melhor situação para Carmelo.

O que nos leva a uma pergunta muito interessante: se Chicago tiver condições de trazer tanto Love (por troca) como Melo (por free agency), qual dos dois o Bulls deveria ir atrás?? É uma pergunta muito difícil. Em um vácuo, seria preferível Love a Melo - ele é bem mais jovem, em um contrato menor que atulha menos a folha salarial (e o Bulls, por algum motivo, é bem avesso a gastar dinheiro), e trás talvez a habilidade mais valiosa da NBA na atualidade (um big man capaz de chutar de três). Mas por outro lado, trocar por Love significaria perder ativos valiosos - Butler, Mirotic e suas escolhas de Draft - deixando um time com menos recursos e tendo que completar o resto do seu time com jogadores inferiores, enquanto que Melo viria de graça (e 95M, mas isso é irrelevante) e portanto o Bulls poderia manter sua profundidade e jovens talentos. É uma escolha bem difícil, mas acho que se chegar a isso e Chicago tiver de escolher, eles não estarão muito chateados. Na verdade, tenho quase certeza de que os cartolas estariam assim:





Miami Heat

Uma opção um tanto quanto irreal que ganhou surpreendente força nas últimas semanas, quando alguns boatos começaram a surgir de que LeBron e Carmelo (que são bons amigos e já jogaram juntos na seleção americana) gostariam de unir forças na NBA, e que ganhou ainda mais quando Miami começou a levar a surra da sua vida contra San Antonio e ficou claro que eles precisavam de ajuda para 2015 (embora como exatamente Melo ajude a defender o ataque de San Antonio não está claro). Então precisa ser incluída pelo potencial e pelo impacto que causou nas redes sociais - em pleno dia de G4 das Finais estava todo mundo discutindo sobre como seria esse time com Melo (o coitado do salary cap foi ignorado 95% do tempo).

O problema dessa situação é que é muito difícil saber exatamente em que patamar o Miami Heat vai se encontrar, porque é um cenário que envolve muitas variáveis e decisões difíceis de se prever. Explicar exatamente a situação na qual Miami se encontra iria exigir muita linguagem técnica de salary cap, então vou dar uma versão resumida e o mais direta possível.

Basicamente, Miami tem só um salário garantido para um jogador em 2015 (Norris Cole, 2M), além de duas opções de jogadores (4.6M do Haslem, 1.3M do Birdman). Todo o Big Three tem a opção de terminar mais cedo seu contrato e virar free agent, senão receberão 20M em 2015. E basicamente todo o resto do time é free agent ou vai aposentar.

A primeira vista, parece que o Heat então tem cap space quase máximo para 2015, mas não é bem o caso, porque free agents carregam uma coisa chamada "cap hold", que é um certo valor que eles comem do seu salary cap enquanto você mantiver os direitos deles como free agents (como Bird Rights). Então considerando que Haslem deve aceitar sua opção para 2015 (ele já aceitou menos dinheiro para ficar em Miami em 2011, e não vai mais ter nenhuma oferta tão boa quanto essa na carreira) e Anderson deve recusar (ele já disse que vai), isso da 6.6M em salários para 2015. No entanto, mesmo que Miami renuncie aos direitos sobre todos seus free agents menos o Big Three, o cap hold dos três totaliza 59.5M... o que significa que só com Haslem, Cole e o cap hold de Wade, LeBron e Bosh o time do Heat já está 3M aproximadamente acima do salary cap. Boa sorte encaixando Melo ai. Claro que Miami pode renunciar aos direitos sobre algum dos três, mas isso significa que depois não pode reassinar o mesmo jogador depois usando seus Bird Rights (ou seja, passando do salary cap).

O argumento, claro, é que o Big Three iria aceitar contratos menores para continuar juntos e assinar Melo. Isso já passa, antes de mais nada, pela idéia de que todos os jogadores iriam abdicar do resto de seus contratos, o que não me parece garantido. Wade, por exemplo, tem 41.6M restantes no seu contrato (dois anos), não vem jogando bem e tem tido repetidos problemas físicos... não valeria mais a pena financeiramente jogar até o final desse contrato já que não deve ganhar esses 42M no mercado? Não me parece claro para ele, embora para LeBron e Bosh faça mais sentido terminar o contrato agora e assinar o próximo.

Supondo que todos optem para encerrar seu contrato, que tipo de mágica tornaria possível assinar Melo? Bom, antes de mais nada, todos os três teriam que aceitar enormes descontos para isso, ou assinando antes de Melo ou com Miami renunciando aos Bird Rights. Não vou entrar tanto no mérito de se eles vão ou não aceitar descontos - lembrando que para Wade e Bosh essa é provavelmente sua última chance de garantir um contrato máximo e que eles já diminuíram o salário em 2010 para jogarem juntos - porque é simples, se eles não aceitarem, não tem como assinar Melo e ponto. O que eu quero ver agora é o quanto teria que ser feito para trazer Melo a bordo.

Primeiro, Miami já tem 6.6M garantidos para Cole/Haslem (de novo, acho extremamente improvável que Haslem recuse sua opção). Esses dois mais o Big Three formam apenas 6 jogadores de 12 obrigatórios, então temos que incluir mais 3M pelos outros seis lugares no time, ou seja, 9.6M garantidos (isso considerando que Miami não use sua escolha de primeira rodada, senão são mais 2M em salários garantidos). Então sobra 53.4M para distribuir entre Bosh, LeBron, Wade e Melo, lembrando que sob hipótese alguma o Heat pode passar do salary cap para reassinar algum deles por causa do cap hold. Isso da 13.3M para cada um dos jogadores (supondo que eles ganhem igualmente).

Hmm eu poderia ver Wade aceitando isso em troca de um contrato longo (cujo valor total superaria os 42M que restam no seu contrato), mas será que LeBron, Bosh e Melo topam esse tipo de valor (especialmente sabendo que o resto do time teria que ser composto de jogadores em salários mínimos)? Eu não vejo acontecendo especialmente para Bosh (que não vai querer perder tanto dinheiro na sua última chance de assinar um contrato máximo) e Melo (que tem outras ótimas chances de ganhar em outros lugares COM um contrato máximo ou quase máximo, já deixou de ganhar dinheiro saindo de NY, e também está entrando no seu último contrato máximo). Miami poderia usar sua 1st round pick para mandar o salário de Haslem para algum outro time, mas ainda assim não poderia dar mais do que 14M para cada um dos quatro. Me parece muito exagerado, e isso antes de entrar no mérito se isso é de fato o que daria a Miami a maior chance de voltar ao título, adicionando mais um pontuador de perímetro que tem dificuldade na defesa e cercando-o de jogadores em contratos mínimos.

Além disso, como Melo tornaria Miami melhor? Eles já tem um alpha dog para jogar com a bola nas mãos no perímetro, e Melo não é um jogador que se encaixe bem na defesa attack-and-recover de Miami nem um jogador que se adapte bem ao estilo de movimentação ofensiva rápida da equipe. E os maiores problemas da equipe tem sido ball handling, defesa inside-out, e falta de proteção ao aro. Hmm em qual desses Melo ajuda? Em nenhum deles. Adicionar Melo seria muito mais um capricho do que uma solução real para os problemas da equipe.

Não vou falar que é impossível, mas me parece uma sequência bastante improvável de acontecimentos, que passa por diversas fases de altruísmo diferentes: Wade desistindo do resto do contrato (difícil), QUATRO jogadores diferentes aceitando ganhar algo como 8M a menos do que poderiam (ainda mais difícil), LeBron não desistindo de Miami depois de ver a péssima ajuda que recebeu nas Finais... etc. Não me surpreenderia se o Big Three aceitasse um pequeno desconto nos contratos para manter parte do salary cap em aberto para reforçar a equipe (Miller saiu, Birdman vai sair, Battier aposentando, Allen deve sair...) ou mesmo um free agent de nível médio como Kyle Lowry (um encaixe muito melhor que Melo, by the way), mas não para liberar o suficiente para Melo e nem que ele aceite. Nunca duvido de nada em South Beach, mas não me parece realista.

(By the way, isso não tem nada a ver com a decisão de Miami, mas é preciso ser dito: se Melo for para Miami formar um Big Four tem 100% de chance de termos um novo lockout em 2017. Garantido.)


Veredito

Francamente, não vejo o menor motivo para Melo ir para Los Angeles ganhar menos dinheiro, jogar em um mercado menor, jogar a lealdade de NY no lixo e ter chances igualmente fracas de ganhar um título. Miami também não me parece uma opção realista por todos os motivos que eu citei, e porque não me parece que Melo é o tipo de jogador que encaixaria tão bem na equipe. Então a decisão me parece entre ficar em New York, ou ir para Houston ou Chicago.

Como já disse, a decisão sair ou ficar depende principalmente de lealdade + dinheiro vs chance de título, embora tenha outros fatores no meio, claro. Ninguém pode dizer isso por ele com certeza. Mas na minha opinião - e isso, repito, é apenas a minha opinião - Melo vai virar FA e deixar o Knicks se receber uma oferta tentadora o suficiente, o lugar com melhor chance de atraí-lo é Chicago, um mercado maior que vai precisar ir a menos extremos para abrir cap space, oferece um time mais profundo e faz mais sentido do ponto de vista de encaixe em termos de basquete. Melo já ganhou bastante dinheiro na carreira e ainda assinaria um contrato máximo com Chicago, e ele sabe que precisa de um anel - ou pelo menos de uma Final - para completar seu currículo. E eu acho que Chicago oferece a ele a melhor chance de vencer nesse momento. Então acho que ele deve testar o mercado e, se Houston e principalmente Chicago jogarem pesado atrás dele, ele muda de time nessa offseason.


Para ler sobre a situação e as possíveis trocas envolvendo Kevin Love, clique aqui para ir para a Parte I

11 comentários:

  1. Como torcedor do Spurs, seria interessante ver o Melo em Miami. Seria divertido, no futuro, poder contar pros mais jovens que San Antonio varreu uma Final com um Big 4. Tem gente nas redes sociais que acha que NBA é futebol, onde Real Madrid, Barcelona, Chelsea e PSG vão contratando e contratando, não importam os salários.
    Para o Miami seria uma ótima maneira de piorar o time com o apoio da torcida (!!!). Mas não, não vai acontecer.
    Também acho que o Melo não volta pro Oeste. Mr. President pira!

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  2. Sou torcedor do Celtics.Alguma chance dele no Celtics?

    Considerando um cenário do tipo:

    Troca com Wolves por Love envolvendo a 6ª pick e outras futuras(O Celtics tem as do Nets em 2016,2017,2018,uma do Sixers 2015(protegida para loteria),uma do clippers em 2015,além das próprias escolhas).Jared Sullinger,Brandon Bass(expira em 2015) e Keith Bogans(não garantido).Avery Bradley e Kelly Olyny também pode entrar no negócio.

    Troca envolvendo Jeff Green por draft picks ou algum contrato não garantido,ajudaria a liberar mais algum cap.Trocar Joel Anthony também ajudaria.

    Considerando o cenário de trocar Avery Bradley e Kelly Olynyk também,e não renovar o contrato de outros jogadores,seriam 42 mi.Daria pra oferecer o contrato máximo para ele.

    É um cenário parecido que vi no Celticslife,mas ele termina com a troca do Gerald Wallace por Larry Sanders,caso o Bucks draft o Embiid ou uma troca por Asik.Duvido de qualquer um dos dois negócios.O Bucks poderia conseguir muita coisa melhor por Larry Sanders e o Rockets também,sem contar que se o Celtics já tiver assinado com o Celtics não faria muito sentido o Rockets abrir mão do Asik por nada.

    Acho mais realista o Celtics anisitiar o Wallace e usar o espaço aberto pra renovar o time.

    Rondo-Melo-Love-Pick 17. + 10 milhões abaixo do cap+MLE_Bi-anual exception daria pra montar um time bacana.Como eu tinha colocado lá em cima,talvez daria pra manter Kelly Olynyk ou Avery Bradley.Ainda tem as exceções adquiridas na troca do Pierce(que pode até voltar,FA) e do Courtney Lee.10 mi e 2 mi cada.Poderia ser envolvidas na troca de um jogador ou por draft picks.

    E ai,viajei de mais ou é uma possibilidade?Pro Melo,seria uma opção sensata ir para Boston nesse cenário?Teríamos um contender?

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    1. Esqueci de dizer que na parte dos 42 mi de salários,a equipe ainda contaria com o contrato do Joel Anthony.Sem ele são 38.Carmelo agradeceria hehehe

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    2. Ok, vamos lá:

      a) o Celtics não pode anistiar o Wallace
      b) Acho que o Celtics não consegue dispensar o salário do Green dessa forma nesse momento onde todos competem por cap space sem mandar pelo menos uma 1st round pick junto, e acho que o Ainge não faria isso. Não me parece realista essa troca por Sanders também. Já Asik... wait for it.
      c) Em resumo, esse cenário todo me parece muito improvável, depende demais de algumas trocas muito específicas, como trocar Anthony ou Jeff Green. O Celtics poderia conseguir se livrar de todos esses contratos, mas gastaria muitas draft picks para isso, e seria um enorme all-in atrás de um cenário incerto... não me parece o estilo do Boston. Nnão vejo acontecendo.

      Tem um cenário que eu vejo como muito mais razoável (e sinceramente melhor) para o Celtics, que é insistir na troca por Love (Celtics me parece o favorito a essa altura) sem envolver o contrato de Bogans e envolvendo o de Green, dai mandar Bogans para o Houston (desesperado por se livrar de espaço salarial) para absorver Asik, o que o Houston pode aceitar porque estão loucos para se livrar de seus contratos e tal. Dai voce monta um núcleo Rondo-Love-Asik para o futuro. Melhor do que arriscar tudo por uma chance mínima de Melo.

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    3. Pois é,acho que o quebra essa minha proposta é não anistiar o Wallace.Fui pesquisar mais sobre o assunto e como ele foi trocado não pode ser anistiado mesmo.

      Mas se o Celtics conseguisse trocá-lo,nem que seja por uma escolha de segunda rodada protegida(não tenho certeza mas acho que é possível),seria um sonho.Pra mim esse foi o pior ponto da troca com o Nets.Contrato longo,caro de um jogador que não vem jogado nada.Difícil é achar alguém que tope,a não ser uma equipe que esteja desesperada pra tankar.

      De qualquer maneira,um bom nome pra posição 3 seria o Luol Deng.Bom defensor,consegue jogar bem sem a bola,experiente e certamente mais barato que Melo,possibilitando sua chegada mesmo com Wallace.

      Só sei que é meio difícil a essa altura fazer uma previsão sobre o C's.Eles acumularam tantos ativos que não dá pra saber como será feito o rebuild.Eles podem tentar ganhar desde já com Love,Rondo e mais alguém ou simplesmente ficar mais um ano tankando.O contrato de Wallace teria mais valor em 2015 já que se tornaria expirante para a temporada seguinte,a equipe teria mais cap e um time jovem.Mas isso envolveria uma troca do Rondo,não vejo porque mantê-lo num rebuild a longo prazo.

      Enfim,dia 26 vai ser um dia bem louco.Se o draft do ano passado foi doidera,o desse ano tem tudo pra seguir a mesma linha.

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  3. E o celtão? Nenhuma possibilidade?

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    1. Respondi ao Sebastião essa pergunta. Acho improvável tanto do ponto de vista prático como do ponto de vista "Celtics não jogaria tanta coisa fora para uma chance menor dessas".

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  4. Só pra completar o assunto Celtics-Melo-Love,não entra na minha cabeça o Wolves aceitar o Jeff Green.Ele já tem 28 anos e 18 Mi pra receber até 2016(player option em 2015).Será mesmo que pra uma equipe que deve entrar em reconstrução ao trocar seu principal jogador,vale a pena aceitar um cara como ele?Que utilidade ele teria por lá?Acho ele até bom jogador mas não vejo em que parte de um rebuild ele se encaixa.

    Falando sobre o Carmelo,acho que pensando de uma maneira sensata o melhor seria os Knicks buscarem uma sign-and-trade com ele.Poxa vida,ele tem 30 anos e assinar um contrato máximo de 5 anos.Vale a pena?A equipe já gasta uma barbaridade com Stoudemire e Chandler,que já estão na casa dos 30 e o Stoudemire mal entra em quadra.É um péssimo custo-benefício pra equipe.Seria uma boa oportunidade de limpar a folha salarial para os próximos anos e acumular algumas escolhas de draft que estão em falta pra eles.

    Mas sabemos como as coisas são em NY,decisões sensatas e pensando no futuro não são o forte do Knicks ultimamente.Talvez mudem agora com o Phil Jackson,apesar de duvidar bastante.

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    1. Os dois argumentos a favor de 'Sota aceitando Green: pode funcionar como expirante se ele recusar seu Player Option, e é possível de ser retrocado na trade deadline para um time como Clippers.

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  5. Vitor,

    Você esqueceu minha opção favorita para Lebron e Melo jogarem juntos.

    CLEVELAND CAVALIERS
    Pegando o CAP do Cavs e fazendo um sign-trade de melo por Dois jogadores entre Waiters-Bennett-Thompson+Deng(se o Deng topar ir pro knicks num sign-trade, pode ser uma chance de conseguir um contrato grande e voltar para um grande centro) ou Varejão(se Deng não topar).

    O Cavs ainda manteria sua escolha nº1 e poderia ter:
    Irving-Waiters-Lebron-Melo-Embiid
    Irving-Wiggins-Lebron-Melo-Varejão(prefiro a primeira)
    Ou se conseguir mágica e reassinar com Deng ou Hawes trocan o Varejão(pra jogar com Lebron acredito em tudo) poderíamos ter:
    Irving-Deng-Lebron-Melo-Embiid

    Lebron de volta pra casa feliz.
    Melo jogando pelo campeonato feliz.
    Duas jovens estrelas prontas pra ganhar experiência felizes(Irving e Embiid).
    Phil Jackson feliz podendo ter jovens jogadores com potencial num momento que sairia com mãos abanando.

    Simplesmente um cenário perfeito demais.

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    1. Ok, voce me fez perder 40 minutos da minha vida para pesquisar a respeito. Os resultados que eu encontrei:

      a) A sign-and-trade pelo Deng é impossível. Para fazer essa SnT, você precisa ser dono dos direitos de FA do jogador, mas o problema é que os do Deng (ou seja, o cap hold) somam 19M... sozinho é suficiente para deixar o Cavs acima do salary cap. Portanto teriam que rejeitar seus direitos para ter condições de assinar sequer o primeiro FA. Não vai rolar.
      B) Recusando o cap hold do Deng, Cavs fica com 45.7M no salary cap, mas memso isso é enganoso. O salário da 1st pick deles vai ser acima dos 5M, então vai pelo menos para 51M. Não tem espaço ai para um free agent máximo.
      C) O time tem condições de abrir mais 13.5M com seus três contratos não garantidos(Del, Varejas e Gee), totalizando algo como 25.5M em salary caps. Ai voce acomodaria um máximo para o LEBron
      d) O problema é que trocando o contrato de VArejão você dificulta demais um segundo sign and trade. Voce precisaria mandar Thompson, Waiters E Bennett juntos para funcionar salarialmente (e talvez nem assim funcione).
      e) Então sim, é possível, mas é um cenário bem difícil. Talvez se LeBron aceitar um desconto (15M, digamos), dai sobra 10M e você consegue fazer a sign and trade usando só Thompson e Bennett. E claro, o Knicks teria que aceitar essa troca, e é bem possível que não aceitem, tirando uma opção do Melo na FA e forçando uma possível renovação. Então é factível, só é bem complicado. Mas é possível. Estranho que ainda não ouvi nenhum rumor sobre isso...

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